
Ivan Pavlov foi um fisiologista Russo que é mais conhecido por suas contribuições à psicologia e à compreensão do comportamento animal. Ele é especialmente famoso por ter descoberto o reflexo condicionado, um processo pelo qual um estímulo inicialmente neutro se torna associado a um estímulo incondicionado e, eventualmente, começa a evocar uma resposta automática por si só. Pavlov realizou uma série de experimentos com cães, nos quais apresentava um estímulo condicionado (como um sino) antes de oferecer comida aos cães (estímulo incondicionado). Com o tempo, os cães passaram a salivar em resposta ao sino sozinho, mesmo quando não havia comida presente (resposta automática). Essa descoberta revolucionou a compreensão da psicologia comportamental, e a ideia de que os comportamentos podem ser aprendidos e modificados por meio de estímulos condicionados tornou-se uma pedra angular da área da Psicologia chamada de Análise do Comportamento.
Essa introdução escrita pelo ChatGPT com alguns pequenos ajustes feitos por mim dá o contexto para a provocação deste artigo, que somos todos cachorros Pavlovianos. Tivemos diversos de nossos comportamentos condicionados de forma que ao recebermos determinados estímulos acabamos por realizar tarefas ou atividades de forma automática. A mais clara e latente em nosso dia-a-dia hoje são as notificações em nossos celulares. Sempre que ouvimos, vemos e até sentimos a vibração de uma notificação em nossos celulares paramos o que estamos fazendo para irmos, como um bom cachorrinho, até eles salivando por um biscoito. Muitas vezes a salivação é a toa porque não vemos nada o que nos interessa nas notificações, gerando frustrações.
Mas ser um cachorro Pavloviano é apenas o início da nossa jornada nos diversos tipos de condicionamentos que somos submetidos nos dias de hoje. Deixa eu lhes contar de um experimento feitos com ratos, sim, você agora vai ser um rato. Esses ratos eram colocados com fome em uma caixa. Nessa caixa, inicialmente, havia uma pequena alavanca. Após explorar o ambiente, o rato pressiona a alavanca e eis que cai uma pequena quantidade de comida. Com um tempo, o rato aprende que ao apertar a alavanca, ele recebe comida. Mas o experimento não para aí, agora o rato com fome é colocado em uma caixa com duas alavancas. Uma delas, ao ser pressionada, entrega comida e a outra gera um choque elétrico no piso da caixa. Com um tempo o rato aprende qual alavanca que dá comida e qual a que gera o choque.
Até aqui, tudo bem, certo? Esse experimento, realizado pelo psicólogo Americano B.F. Skinner demonstra o processo de condicionamento do comportamento por reforço e punição. O experimento realizado em ratos, dentro da chamada caixa de Skinner, funciona para ratos e humanos. A descrição do comportamento do rato pode ser equivalente a nossa quando aprendemos a nos relacionar com certas pessoas, por exemplo. Com um tempo, sabemos que apertar certos botões em algumas pessoas geram alegria na gente. Da mesma forma, aprendemos que mexer com outros botões fazem com que as mesmas pessoas dêem choque. Logo, condicionamos o nosso comportamento, ou melhor, estas pessoas condicionam o nosso comportamento na presença delas.
Para finalizar, vamos deixar o papo mais interessante. Vamos imaginar que o nosso rato foi colocado numa caixa de Skinner com duas alavancas. Se ele apertar a alavanca 1, acende uma luz. Se ele apertar a alavanca 2, gera um choque. Mas se ele apertar a alavanca 1 e depois a 2, acende a luz, é liberado comida mas em seguida é dado um choque. Adivinhem o que vai acontecer com você, ratinho? Sim, você vai aprender a pressionar as alavanca 1 e depois a 2. Você não faz idéia do porque acende a luz, quer a comida. Vai ficar sim incomodado com o choque, mas depois de um tempo, vai realizar a sequencia tantas vezes que corre o risco de morrer pelo choque para receber a comida, sem saber para que diabo serve a luz.
Meus amigos, na década de 30, quando estes experimentos foram realizados, Skinner estava demonstrando o ambiente de trabalho da maior parte das pessoas hoje no mundo. Fomos condicionados desde muito tempo a pressionar diversas barras, não fazemos a mais louca idéia do porque algumas luzes se acendem, queremos a comida, mesmo que o choque nos incomode. Com um tempo, passamos a pressionar as barras tantas vezes seguidas para obter mais comida sem levar em conta que o choque pode nos matar (algumas vezes, sim, acaba matado).
A conclusão é óbvia: somos cachorros Pavlovianos, somos ratos Skinnerianos.



