
Hoje voltando da academia eu notei várias pessoas cruzando a Av. Paulista enquanto o sinal estava fechado para o pedestre. Eles atravessaram até o meio e ficaram na ciclofaixa esperando pela abertura do sinal. Fiquei observando a correria e como essas pessoas acabaram se colocando em risco correndo na frente de carros e se colocando em um local pouco protegido no meio da avenida. Por que elas fizeram isso? E não eram poucas pessoas…
Já notaram que essa pressa e correria do dia a dia é uma característica do momento atual em que vivemos. Fazemos tudo corrido, em todos os lugares. Tudo é urgente, tudo é prioritário, e a gente está tão inserido nesse contexto que não consegue notar essa loucura em que vivemos. Está tão arraigado em nosso comportamento que as pessoas que atravessaram no vermelho não devem ter notado que fizeram isso para ganhar 10 segundos.
Acabo notando essas coisas por conta da prática da Esgrima. Quando jogamos (especialmente quando somos mais inexperientes), temos uma pressa instintiva em tentar terminar o ponto rapidamente. Na sala de Esgrima nosso treinador está sempre falando: “calma, não se apresse, use a pista, trabalhe o ponto”. À medida que vamos treinando, ouvimos menos dessas instruções 😂, mas ainda assim é difícil controlar. A razão é óbvia, fora da sala de Esgrima estamos sempre pressionados a fazer as coisas com pressa.
O que fazer então? Estamos fadados a sempre correr, a nos apressar por causa do contexto? Não, não estamos. Ontem eu recebi uma mensagem de um cliente/parceiro por volta das 17h, respondi hoje às 11h depois de pensar muito em como melhor responder. Podemos escolher seguir aceitando essa pressa toda, ou podemos parar, respirar, trabalhar melhor o ponto para depois reagir. É uma escolha nossa… até mesmo para atravessar a rua!
Existem momentos para reagir rápido, ter pressa na vida, mas é provável que sejam a exceção! Se observarmos bem, podemos identificar esses momentos. Basta entrar com passo curto e lento: touché!



