
É impressionante como o tempo passa rápido, especialmente quando estamos fazendo algo agradável. Essa semana estamos escrevendo a 25a edição do Pílula Vermelha, seis meses depois de termos iniciado no dia 19 de Junho de 2022. Devo confessar que quando comecei a escrever os textos eu tinha um objetivo egoísta, estava pensando apenas em mim. Queria botar para fora algumas idéias que me incomodavam, me faziam ver o mundo diferente e as quais, queria que chegassem à outras pessoas para que elas pudessem também enxergar o mundo através dos meus olhos, com a minha visão de mundo, ou, de acordo com a minha realidade (guarde isso).
No início, a lógica que estava por trás de toda a motivação para escrever os textos era parecida com o que o Morpheus apresentou para o Neo no filme Matrix. Tudo começou com a idéia simples e pura da Pílula Vermelha. Com o passar do tempo a motivação foi mudando. Algumas semanas após começar a escrever encontrei amigos que foram comentando como estavam gostando dos textos, de como as provocações estavam ajudando eles, de que, de alguma maneira, os textos estavam fazendo com que refletissem sobre os diversos assuntos que eram tratados.
Certo dia um grande e velho (força de expressão) amigo me ligou dizendo o seguinte: “caboco, fico muito feliz por te ver feliz, parece que tu encontrastes mais uma paixão”. É isso, o tempo e o prazer de escrever os textos foram mudando, ou complementando o formato daquilo que eu sentia. O que começou como um desejo egoísta passou a ser algo prazeroso e que fazia sentido para várias pessoas. Passei a entender que, aparentemente, estava ajudando outras pessoas…
Ja trabalhei com várias coisas na vida. O mais incrível de tudo é que quase nunca desempenhei um trabalho formal dentro das minhas formações acadêmicas. Passei anos estudando Engenharia e entretanto nunca tive CREA. Comecei a trabalhar em vendas sem nunca de tido uma formação acadêmica na área. Mas talvez essa maneira maluca de como as coisas foram se construído na minha vida profissional tenham me dado uma visão de mundo particular, que eventualmente me ajudou em algo que fui desenvolvendo aos poucos, um certo entendimento das relações interpessoais.
Outra coisa que muito provavelmente influenciou o início do Pílula Vermelha foram os estudos em Psicologia. No inicio da pandemia li muito e vários textos passavam por Psicologia. Acabei tomando a decisão de iniciar uma faculdade nessa área por tudo que li naquela época. As aulas e estudos de algumas áreas da Psicologia foram aguçando aquele incômodo que comentei anteriormente. Mas foi um conceito em específico que me chamou muito a atenção e que influencia muitos dos textos do Pílula Vermelha, o CONTEXTO.
Contexto é o ambiente e as pessoas que nos cercam, nossa história de vida, isso tudo faz com que construamos nossa visão de mundo, definem muito da forma com que encaramos nossas realidades, como tratamos tudo ao nosso redor. Meu contexto é a minha realidade. Então sim, a realidade de cada um de nós é relativa, pois depende do contexto individual das pessoas. Uma coisa muito legal do contexto é que ele seta a base do que fazemos. Logo, o que passamos a fazer em função do nossa realidade individual, por consequência, define um novo contexto. É dinâmico, é evolutivo…
Hoje, 6 meses depois de ter começado, o Pílula Vermelha definiu meu novo contexto, uma nova realidade para mim. Um contexto que mexeu tanto comigo que me senti motivado a comemorar colocando no meu escritório um quadro que representa como tudo começou. Espero que o Pílula Vermelha esteja também ajudando a definir um novo contexto para seus leitores. Lembrem, nossa realidade depende do ambiente que nos cerca, das pessoas com quem convivemos. Se lemos algo novo, se uma nova pessoa entra em nosso ciclo de amizade, nosso contexto muda, nossa realidade muda.
Na 50a edição, daqui a mais 6 meses, quem sabe se desenha um novo contexto para todos nós… um contexto sempre melhor, mais saudável e feliz! Novas realidades!